Na era da informação, ética não é apenas um assunto a ser tratado da porta para dentro. Não é que toda atitude de sua companhia deva ser justificada a todo momento, mas com dados sendo trocados a toda hora, é impossível alguma questão que afete o todo não vir a público, positivamente ou não.
E não é preciso algo de grandes proporções para que isto se evidencie. Como toda empresa, hoje, possui um endereço virtual, que é um novo cartão de visitas com conteúdo ampliado, o cliente, ou possível cliente, pode ter acesso a detalhes que nem mesmo seu site tem ou quer divulgar, como casos de experiências negativas. Em pequena ou larga escala. Em pequena escala, pode-se citar situações em que um produto não é entregue pontualmente. Já em larga, pode-se tratar de um processo judicial contra uma cidade por motivos de poluição.
Uma simples venda que não deu certo e um derramamento de lixo industrial, com o auxílio das redes sociais, podem ter o mesmo efeito sobre um negócio que não entende, ainda, que o mercado não é mais só feito daquilo que pode ser materializado. Existem valores que se agregam a serviços e produtos que valem quanto o ouro em tempos de web, mas que são imateriais.
Como pode-se concluir, a maneira como sua companhia se porta em seus processos produtivos está atrelado à tecnologia não só por uma questão de automação. Mas por motivos de divulgação, de proliferação da informação de forma rápida e cruel.
Do mesmo jeito que o público tem evitado consumir de empresas que, ainda, usam mão de obra escrava, ele tem preferido se engajar com empresas que afetam sua comunidade e o ambiente minimamente. Ou que prestam algum serviço a mais para a comunidade, que nada tenha a ver com o ramo de seu negócio, como a manutenção de algum centro cultural ou de alguma quadra poliesportiva ou, até mesmo, o apoio em campanhas de ação social, como a coleta seletiva de lixo.
O mais importante é ter em mente como estas atitudes de valor imaterial podem repercutir sua marca e gerar conversões e leads.
Assim, se sua empresa se adequou aos novos tempos, mas está presa ainda apenas aquilo que gere retorno material para ela, é provável que ela esteja presa a pontos de venda e que sua força vendedora não tenha uma atuação satisfatória em campo.
É necessário mudar e adotar uma postura sustentável a começar pelo seu processo produtivo. Ser conhecido como uma empresa que usa TI de forma consciente, integrando-a a uma mentalidade responsável, que dialoga com seu público interno e entende as necessidades do seu público externo não gera só mais rendimentos. Gera reconhecimento. E uma marca sólida se faz não só da quantidade de clientes que ela alcança, mas da qualidade de tratamento que ela dá a ele e ao ambiente que o cerca.
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